Visões
Design Universal
Amanda Meincke Melo, junho de 2005
Design Universal (Universal Design), definido pelo Centro para o Design Universal na North Caroline State University (EUA), é o design de produtos e de ambientes para serem usados por todas as pessoas, na maior extensão possível, sem a necessidade de adaptação ou design especializado. É também conhecido, na Europa, como Design para Todos (Design for All). Seus princípios são apresentados a seguir:
- Uso eqüitativo
- o produto do design deve ser útil e pode ser adquirido por pessoas com habilidades diversas.
- Flexibilidade no uso
- o resultado do design deve acomodar uma grande variedade de preferências e habilidades individuais.
- Simples e intuitivo
- o uso do design deve ser fácil de entender, independentemente da experiência, do conhecimento anterior, das habilidades lingüísticas ou do nível de concentração corrente.
- Informação perceptível
- o produto do design deve apresentar a informação necessária ao usuário efetivamente, independentemente das condições do ambiente ou de suas habilidades sensoriais.
- Tolerância ao erro
- o produto do design deve minimizar o risco e conseqüências adversas de ações acidentais ou não intencionais.
- Baixo esforço físico
- o produto do design deve ser usado efetivamente, confortavelmente e com um mínimo de fadiga.
- Tamanho e espaço para aproximação e uso
- tamanho e espaço apropriados devem ser oferecidos para aproximação, alcance, manipulação e uso independentemente do tamanho do corpo, postura ou mobilidade do usuário.
Em uma situação prática de design, além desses princípios, devem ser considerados fatores como o econômico, de engenharia, os culturais, de gênero e o ambiental. Embora o Design Universal - ou Design para Todos - possa ser visto com ceticismo por algumas pessoas, uma vez que existem situações nas quais é impossível chegar a soluções de design que atendam a todos indiscriminadamente, seus princípios podem servir como norteadores no processo de design e na avaliação de artefatos que sejam mais inclusivos, ou seja, que considerem e respeitem de forma mais ampla as diferenças entre as pessoas.
Referências
MELO, A.M., BARANAUSKAS, M.C. Design e avaliação de tecnologia Web-acessível. In: COGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE COMPUTAÇÃO, 25.; JORNADAS DE ATUALIZAÇÃO EM INFORMÁTICA, 2005, São Leopoldo-RS, 25 à 29 de julho. Anais... p. 1500 - 1544.