Estrutura da Cartilha Capa: Conviva com a Diferença Verso da Capa Página 3 - Conviva com a diferença Página 4 - Quem só vê a diferença não enxerga a competência Página 5 Página 6 - Deficiência Auditiva Página 7 - Paralisia cerebral Página 8 - Deficiência de fala Página 9 - Deficiência física Página 10 - Deficiência visual Página 11 - Deficiência mental e transtornos mentais Página 12 - Sobre o preconceito Página 13 - Amizade supera barreiras desde a infância Página 14 - Para saber mais e divulgar Contra-capa --- Capa: Conviva com a Diferença Descrição da capa: As letras da palavra diferença são ilustradas a partir da diversidade entre pessoas que convivem. Veja a seguir: - A letra "d" representa uma cadeira de rodas para um jogador de basquete; - As letras "i" e "f" servem de bengala para um rapaz; - A letra "e" virou a roda dianteira de uma bicicleta; - A letra "r" é a parte de cima de uma bengala; - A outra letra "e" é formada pelo cabelo e o óculos escuro do rapaz que segura a bengala; - A letra "n" representa o cabelo de uma menina; - A letra "ç" cobre o lado direito da face de um senhor e o cedilha é a sua barba; - A letra "a" é o cabelo de uma moça que não tem o braço esquerdo. --- Contra-capa CONVIVA COM A DIFERENÇA é uma publicação feita com base nas seguintes fontes: - Folheto: "Quando você encontrar uma pessoa deficiente...", publicado pelo Centro de Documentação e Informação do Portador de Deficiência (Cedipod). - Não diga nem escreva/Diga e escreva, da Superintendência Estadual de Apoio a Pessoa Portadora de Deficiência - Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Social de Pernambuco. - Folheto: "Como você deve comportar-se diante de uma pessoa que...", publicado pela Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (Corde). Adaptação: Dulce Aquino Placa, socióloga; Tais Ciboto, fonoaudióloga e Érica Celestini e Maria do Carmo Gregório, jornalistas. Colaboração: Célia Alves de Oliveira Diagramação e ilustrações: Vart/Nova Onda - Tel. (Oxx11) 3654-4172. REALIZAÇÃO - Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), SP - Projeto "Todos Nós" - Acesso, Permanência e Prosseguimento da Escolaridade de Nível Superior de Pessoas com Deficiência: Ambientes Inclusivos ESPAÇO DA CIDADANIA Entidade apoiada pelo sindicato dos metalúrgicos de Osasco e Região. R. Erasmo Braga, 307 - Presidente Altino - Osasco SP - CEP: 06213-008 - Telefone: (0xx11)3685 0915 e-mail: espaco.cidadania@ig.com.br Site: http://ecidadania.cjb.net --- Página 3 - Conviva com a diferença Muitas vezes não sabemos como nos portar diante de uma pessoa com deficiência e acabamos agindo de maneira inadequada. A falta de informação a respeito da deficiência nos leva a cometer alguns deslizes e pode nos colocar em situações desconfortáveis. Esta publicação tem por objetivo indicar alguns caminhos a seguir, com a apresentação de algumas sugestões para a convivência diária com o portador de deficiência. Carlos Aparício Clemente Espaço da Cidadania --- Página 4 - Quem só vê a diferença não enxerga a competência Cada vez mais as escolas e empresas estão despertando para a necessidade de se tornarem inclusivas. Ainda há muito o que avançar, mas já existem iniciativas suficientes para nos colocar diante do dilema pessoal: e agora, como devo agir com meu colega diferente? Antes de tudo, é preciso ter em mente que não é a diferença que determina a competência. Tendo esta visão por princípio, as demais barreiras são superadas com naturalidade. Descrição da ilustração: Uma pessoa, em cadeira de rodas de costas, tendo a sua frente uma mesa de trabalho. Do lado esquerdo uma cadeira de trabalho com rodas portando um paletó no espaldar e do lado direito uma cadeira de trabalho com rodas portando um paletó na lateral esquerda do espaldar. --- Página 5 Antes de abordarmos as atitudes mais aconselháveis que devemos ter perante cada tipo de pessoa com deficiência, vamos lembrar que uma pergunta simples serve para todas as situações na qual alguém pareça estar precisando de ajuda. E ela é... "Quer que eu lhe ajude?" Ofereça ajuda se quiser, mas espere que sua oferta seja aceita, antes de ajudar a pessoa com alguma deficiência. Se a pessoa estiver precisando de ajuda, vai aceitar sua oferta e explicar exatamente o que você deve fazer para ser útil a ela. Descrição da ilustração: Em frente a uma escada um rapaz oferece ajuda --- Página 6 - Deficiência Auditiva - Procure sempre falar de maneira clara, sem exageros. Use a sua velocidade, a não ser que lhe peçam para falar mais devagar. Use um tom normal de voz, a não ser que lhe peçam para falar mais alto. Fale diretamente com a pessoa, não de lado ou atrás dela. - Faça com que sua boca fique visível para facilitar a leitura labial. - Caso você saiba alguma linguagem de sinais, tente usá-la. Se a pessoa surda tiver dificuldade em entender, avisará. - Fale com expressão, pois as pessoas surdas não podem ouvir as mudanças de tom que indicam sentimentos. Por isso, as expressões faciais são extremamente importantes. - Se sentir dificuldade em entender a fala de uma pessoa surda, não tenha receio de pedir para ela repetir o que disse. Se mesmo assim não conseguir, tente usar bilhetes. * Não diga nem escreva: Mudinho e Surdo-mudo. * Diga e escreva: Pessoa surda e Pessoa com deficiência auditiva. Descrição da ilustração: Na piscina, uma mulher, em língua de sinais, declara seu amor a um rapaz. --- Página 7 - Paralisia cerebral - A paralisia cerebral impõe necessidades específicas, por isso é muito importante respeitar o ritmo da pessoa. Geralmente, ele é mais vagaroso naquilo que faz, no andar, falar, pegar as coisas, etc. - Tenha paciência ao ouvi-lo pois a grande maioria tem dificuldade ao falar. - Lembre-se que a paralisia cerebral é fruto de uma lesão cerebral ocasionada antes, durante ou após o nascimento, causando desordem sobre os controles dos músculos do corpo. * Não diga nem escreva: Paralisia cerebral é uma doença, ele teve paralisia cerebral e o paralisado cerebral. * Diga e escreva: Paralisia cerebral é uma condição, ele tem paralisia cerebral e a pessoa com paralisia cerebral. Descrição da ilustração: Duas pessoas jogando dama - um adulto e uma criança com paralisia cerebral. O adulto diz: Devagarinho, devagarinho, já venceu a terceirinha! --- Página 8 - Deficiência de fala - Existem diversas alterações de fala, variando desde as mais simples, como a dificuldade em pronunciar os sons de maneira correta, até as mais complexas, como a perda total da voz, as gagueiras mais graves e os transtornos causados por um problema neurológico, que podem trazer prejuízo e/ou impedimentos para a comunicação oral. - É importante esclarecer que não existem pessoas mudas. Todos nós podemos nos comunicar, seja através da fala, da escrita, de gestos, desenhos, símbolos visuais, entre outros. - Assim, mantenha a calma quando falar com alguém que apresenta alguma dificuldade de comunicação. Não tente adivinhar o que ela quer dizer e não a deixe sem resposta. - Procure olhar no rosto de quem está falando, fale pausadamente, use poucas palavras de cada vez, espere a sua vez de falar e só comece quando tiver certeza de que o outro terminou o que tinha a dizer. - Se você não entendeu o que foi falado, não tenha receio de pedir que o outro repita ou escreva. A maior parte das pessoas com problema na fala tem consciência de sua dificuldade e não se incomoda em repetir, desde que encontre alguém realmente interessado em lhe ouvir. - Preste mais atenção no conteúdo da fala do que em sua forma e, principalmente, não discrimine uma pessoa por sua maneira de falar. Lembre-se de que o mais importante são as idéias e os sentimentos que ela transmitir. --- Página 9 - Deficiência física - Não vá segurando automaticamente a cadeira de rodas. Ela é parte do espaço corporal da pessoa, quase uma extensão de seu corpo. - Agarrar-se ou apoiar-se na cadeira de rodas é como agarrar-se ou apoiar-se numa pessoa sentada numa cadeira comum. - Esteja atento para a existência das barreiras arquitetônicas quando for escolher uma casa, restaurante, teatro ou qualquer outro local que queira visitar com uma pessoa em cadeira de rodas. - Se a conversa continuar por mais de alguns minutos e for possível, lembre-se de sentar para que você fique nivelado à altura da pessoa em cadeira de rodas. * Não diga nem escreva: Aleijado, defeituoso, paralítico; ele sofre de paralisia infantil; ele foi vítima de paralisia infantil; pessoa presa, confinada, condenada a uma cadeira de rodas, muletas. * Diga e escreva: Pessoa com deficiência física; ele teve paralisia infantil; ele está com seqüela da paralisia infantil; pessoa em cadeira de rodas, pessoa que anda em cadeira de rodas ou com muletas, pessoa que usa cadeira de rodas ou muletas. Descrição da ilustração: Representa a quebra da barreira arquitetônica. Uma pessoa em cadeira de rodas não consegue ir adiante por causa de uma escada. Três pessoas, então, puxam a linha que desenha a escada para transformá-la em uma rampa. --- Página 10 - Deficiência visual - Se parecer que a pessoa com deficiência visual precisa de sua ajuda, identifique-se e faça-a perceber que você está falando com ela. - Quando for guiá-la, espere que ela segure no seu braço. A pessoa com deficiência visual irá acompanhar o movimento do seu corpo enquanto você anda. - Para fazer a pessoa com deficiência visual sentar, guie-a até a cadeira e coloque a mão dela no braço ou no encosto da cadeira e deixe que ela sente-se sozinha. - Não tenha receio de usar palavras como "Veja" e "Olhe". Nem você nem a pessoa podem evitá-las, pois não existem outras palavras para substituí-las. - Quando for embora, avise sempre a pessoa com deficiência visual. * Não diga nem escreva: Ceguinho. * Diga e escreva: Pessoa cega; pessoa com deficiência visual. Descrição da ilustração: Um homem, apoiado em uma cerca, diz a outro, com deficência visual, que está regando uma pequena árvore: Vizinho você tem visão de futuro! --- Página 11 - Deficiência mental e transtornos mentais - Ao dirigir-se a uma pessoa com tais problemas, procure agir naturalmente. Trate-a com respeito e consideração. Jamais a ignore. Cumprimente e despeça-se dela normalmente, como faria com qualquer outra pessoa. Procure dar atenção e conversar naturalmente com ela. - Não a superproteja. Deixe que ela faça ou tente fazer sozinha tudo o que puder. - Ajude apenas quando for realmente necessário. - Não subestime a inteligência dessas pessoas. * Não diga nem escreva: Bobinho, doentinho; doença mental, retardado, retardado mental; mongolóide, mongol. * Diga e escreva: Pessoa com deficiência mental, pessoa com transtornos/problemas mentais; deficiência mental; pessoa com Síndrome de Down. Pessoa com deficiência múltipla A deficiência múltipla é a associação de duas ou mais deficiências: física, visual, auditiva e mental. Respeite as suas dificuldades --- Página 12 - Sobre o preconceito O preconceito é aprendido e a experiência com as diferenças já começa nas creches. A comunidade acadêmica deve se empenhar para que toda discriminação seja banida. Descrição da ilustração: Duas crianças conversam. Um menino sem suas duas pernas e segurando uma bola de futebol diz: Zeca --- Página 13 - Amizade supera barreiras desde a infância A maior prova de amizade que uma pessoa pode dar a outra é aceitá-la do jeito que ela é, respeitando não só o seu modo de pensar, mas também as suas limitações. Algumas pessoas já nasceram com um tipo de deficiência ou a adquiriram devido a um acidente, por isso são diferentes de nós. Devemos sempre tratá-las como a qualquer cidadão. | A prática esportiva, o lazer, a recreação, a capacitação profissional, a moradia, a democratização dos conhecimentos nada mais são do que a expressão do direito do cidadão à vida, seja ele uma pessoa com deficiência ou não. | Descrição da ilustração: Três crianças, um menino loiro com deficiência física, um menino moreno e uma menina loira, estão deitados em círculo --- Página 14 - Para saber mais e divulgar O Laboratório de Acessibilidade - LAB é um espaço na Biblioteca Central da Unicamp dedicado à redução das barreiras de locomoção e de comunicação enfrentadas por alunos e demais usuários desta Universidade com deficiências temporárias ou permanentes. Esse espaço institucional tem como objetivo garantir a essas pessoas o acesso à informação, independência, integração e participação ativa na vida universitária. O LAB oferece, entre outros serviços: - transcrição de textos em Braille; - reprodução de texto em tinta para o sistema braille; - confecção adaplada de gráficos, tabelas, mapas, etc; - adaptações de material para avaliações e exames; - orientação para utilização de softwares especializados e demais recursos especiais; - capacitação de usuários para o uso adequado das fontes de informações disponíveis; - localização e obtenção de materiais bibliográficos; - normalização de dissertações e teses, trabalhos de conclusão de cursos de graduação e artigos para publicação em periódicos especializados; - orientações a alunos e docentes na confecção e utilização de material didático especializado. --- Página 15 - Laboratório de Apoio Didático, voltado a usuários com deficiência Biblioteca Central - Unicamp Dispõe atualmente de um Bibliotecário de Referência, dois professores de Educação Especial, técnicos em informática, e estagiários de Faculdades e Institutos da Unicamp. Seus equipamentos incluem Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs), recursos de apoio à mobilidade, softwares especiais, entre outros suportes técnicos. O atendimento é de 2ª a 6ª feira, das 9 às 17 horas. Descrição da ilustração: Sílvia Carvalho, professora de Educação Especial, trabalha na adaptação de material didático. --- Contra-capa A Unicamp está ampliando as condições de acessibilidade de suas unidades educacionais e administrativas. Participe desse propósito de inclusão e cidadania. Conheça as ações do Projeto Acesso, Permanência e Prosseguimento da Escolaridade de Nível Superior de Alunos com Deficiência: Ambientes Inclusivos Apoiaram essa publicação: Pró-Reitoria de Graduação; Pró-Reitoria de Desenvolvimento Universitário. 2005 Descrição da ilustração: Logotipo do Projeto Todos Nós ---